As rochas magmáticas, também conhecidas como ígneas, são formadas a partir do resfriamento e solidificação do magma, um material pastoso e incandescente localizado no interior da Terra.
Esse processo acontece tanto abaixo da superfície quanto após a saída do magma para o ambiente externo, onde ele passa a ser chamado de lava.
OBS: Lava é o termo utilizado para quando o material fundido do interior do planeta é expelido para superfície. Entretanto, quando se encontra abaixo da superfície, deve ser chamado de Magma.
Dessa maneira, a diversidade dessas rochas está diretamente ligada ao ambiente onde o magma se resfria, à velocidade de resfriamento e à sua composição química. Entender como elas se formam e se classificam é essencial para compreender boa parte da geologia terrestre.
Como se formam as rochas magmáticas?
O magma é uma mistura de minerais derretidos, gases e outros compostos presentes em profundidades elevadas, onde as temperaturas podem ultrapassar 1.000°C. Quando esse material começa a subir em direção à superfície, ele pode se solidificar em diferentes condições, originando distintos tipos de rochas magmáticas.
Se o resfriamento ocorre dentro da crosta terrestre, o processo é mais lento, permitindo que os cristais minerais cresçam e fiquem visíveis a olho nu. Se a solidificação acontece na superfície, o contato imediato com o ar ou com a água provoca um resfriamento rápido, formando cristais muito pequenos ou, em alguns casos, nem mesmo permitindo a cristalização completa.
Classificação das rochas magmáticas
As rochas ígneas são classificadas de acordo com o local onde o magma se resfriou:
- Plutônicas (ou intrusivas): a princípio, temos as plutônicas, formadas no interior da crosta, em grandes profundidades. O exemplo mais conhecido é o granito, que apresenta cristais grandes e bem definidos.
- Vulcânicas (ou extrusivas): Por outro lado, as vulcânicas resultam da solidificação da lava na superfície terrestre. O basalto é o exemplo mais comum, caracterizado por cristais tão pequenos que só podem ser vistos ao microscópio.
- Hipoabissais: originadas a pouca profundidade, entre a superfície e as regiões mais profundas da crosta. Um exemplo desse tipo é o diabásio.
Textura das rochas ígneas
A textura das rochas magmáticas depende, principalmente, do tempo de resfriamento e do espaço disponível para os cristais se desenvolverem. As texturas podem ser:
- Fanerítica: cristais visíveis a olho nu, como no granito.
- Afanítica: cristais muito pequenos, visíveis apenas com o uso de lupa ou microscópio, como no basalto.
- Vítrea: ausência de cristais, com formação de um material vítreo, como a obsidiana.
- Porfirítica: presença de cristais grandes dispersos em uma matriz de cristais menores.
- Piroclástica: textura fragmentada, típica de materiais expelidos em erupções explosivas.
Classificação química das rochas magmáticas
Além da origem, as rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com o teor de sílica (SiO₂) em sua composição:
- Ácidas: mais de 66% de sílica. Geralmente claras, como o granito e o riolito.
- Intermediárias: entre 52% e 66% de sílica, como o diorito e o andesito.
- Básicas: de 45% a 52% de sílica, como o basalto e o gabro.
- Ultrabásicas: menos de 45% de sílica, normalmente escuras, como o peridotito.
Vale ressaltar que essa classificação química não tem relação com o conceito de acidez ou pH usado na química comum.
Importância econômica e ornamental
As rochas magmáticas são extremamente resistentes e costumam apresentar belos padrões de cristais, o que as torna valiosas para a construção civil e para a fabricação de objetos decorativos e revestimentos. Granitos, dioritos e sienitos, por exemplo, são amplamente utilizados em pisos, bancadas, fachadas e esculturas.
Além disso, algumas dessas rochas são importantes fontes de minerais metálicos e pedras preciosas. Os pegmatitos, rochas magmáticas de grãos muito grossos, contêm minerais valiosos como quartzo, feldspato, mica, turmalina, berilo (de onde se obtém água-marinha e esmeralda), topázio e outros.
Exemplos de formações ígneas no Brasil
O Brasil abriga importantes formações de origem magmática. Alguns exemplos famosos incluem:
- Cânions de Itaimbezinho e Fortaleza (RS): originados por derrames de lava basáltica.
- Morro Dedo de Deus (RJ): estrutura ígnea de grande destaque paisagístico.
- Arquipélago de Fernando de Noronha (PE): ilhas de origem vulcânica.
Conclusão
Dessa forma, as rochas magmáticas são testemunhas do intenso dinamismo do interior terrestre. Seu estudo permite compreender processos como vulcanismo, formação de minerais e evolução da crosta. Além de seu valor científico, elas possuem relevância econômica, sendo fonte de recursos minerais e material nobre para a arquitetura e a ornamentação.
Por fim, ao explorar ambientes rochosos, cavernas ou cânions, muitas das paisagens impressionantes que encontramos são formadas justamente por essas rochas que, um dia, foram magma incandescente em movimento sob nossos pés.
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