Antes de tudo, é importante entender o que significa “datação” no contexto das ciências da Terra. A datação geológica é o processo de determinar a idade de uma determinada rochas, fósseis, formações geológicas ou eventos passados, como erupções vulcânicas e extinções em massa.
Dessa maneira, elas são divididas em duas grandes categorias: Datação relativa e Datação absoluta.
Datação Relativa
Primeiramente tem-se a Datação relativa, onde é técnica que se propõe entender a sequência dos eventos geológicos, ou seja, qual formação é mais antiga ou recente em relação a outra.
Dessa forma, essa técnica tem como objetivo entender qual a ordem dos eventos, não se preocupando com a idade exata das rochas, eventos ou fósseis.
Como funciona?
A principio, essa técnica tem como base os princípios estratigráficos, como:
- Princípio da sobreposição: em camadas de rochas sedimentares, as mais antigas estão na base, e as mais recentes no topo.
- Princípio da horizontalidade original: as camadas de sedimentos são originalmente depositadas na horizontal.
- Princípio da continuidade lateral: uma camada sedimentar se estende lateralmente até que encontre uma barreira.
- Princípio da sucessão faunística: os fósseis aparecem em uma ordem definida e podem ser usados para datar camadas (bioestratigrafia).
Exemplo:
Agora, para ilustras o processo de datação relativa, imagine uma escavação onde os geólogos encontram fósseis de diferentes espécies em camadas distintas.
Sendo assim, com base nos princípios estratigráficos, é possível dizer qual fóssil é mais antigo, sem precisar da idade exata. Esse método é bastante usado na arqueologia e paleontologia.
Datação Absoluta
Por outro lado, diferente da Datação relativa, a Datação absoluta busca determinar a idade exata de um material, geralmente expressa em anos.
Com isso, para datar, é preciso utilizar propriedades físicas e químicas dos materiais, especialmente no decaimento radioativo de certos elementos.
Além disso, esse método permite uma compreensão mais precisa do tempo geológico e é usado, por exemplo, para descobrir a idade de fósseis, rochas e eventos como erupções.
Como funciona?
À primeira vista, o método mais comum de datação absoluta é a datação radiométrica. Nela, é analisado o tempo necessário para que um isótopo radioativo presente em um material se transforme em outro.
Por exemplo, as principais incluem:
- Carbono-14 (C-14): usado para datar materiais orgânicos com até cerca de 50 mil anos.
- Potássio-argônio (K-Ar): ideal para rochas vulcânicas antigas.
- Urânio-chumbo (U-Pb): utilizado para datar rochas muito antigas, com bilhões de anos.
- Rubídio-estrôncio (Rb-Sr): também usado em rochas antigas.
Característica | Datação Relativa | Datação Absoluta |
---|---|---|
Tipo de informação | Ordem cronológica | Idade exata (em anos) |
Exatidão | Menor precisão | Alta precisão |
Método | Estratigrafia, fósseis-guia | Radiometria, decaimento de isótopos |
Aplicações | Paleontologia, arqueologia | Geologia, história da Terra, fósseis antigos |
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